A Polícia Militar de Colatina foi acionada na noite desta quinta-feira (13) para atender uma ocorrência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital e Maternidade São José em Colatina. Segundo relatos, uma criança de 1 ano e 10 meses deu entrada na unidade com diversas lesões pelo corpo e não resistiu, vindo a óbito. O laudo médico apontou a presença de hematomas em várias partes do corpo, incluindo joelho, coxa, braço e crânio, além de uma fratura no fêmur direito, taquicardia e desidratação.
A madrasta da criança, que foi contatada pela polícia, afirmou que os ferimentos teriam sido causados por dois acidentes ocorridos na quarta-feira (13). Segundo ela, a criança caiu de uma escada e, posteriormente, sofreu outro acidente durante o banho. No entanto, a madrasta só levou a criança ao hospital na quinta-feira, por volta das 19h30, alegando que ela estava com febre. A polícia destacou que as lesões descritas no laudo médico não condizem com a versão apresentada.
Diante das inconsistências, a Polícia Militar realizou diligências para localizar a mãe biológica da criança, que também convivia com a madrasta e a vítima. Ambas foram encontradas no bairro Ayrton Senna e conduzidas à 15ª Regional Delegacia Regional de Polícia Civil de Colatina, onde prestaram depoimento. Após a oitiva, as duas foram presas em flagrante por suspeita de envolvimento no caso.
O capitão Balbino que atuou no caso explicou que as investigações agora serão conduzidas pela Polícia Científica, que realizará exames e análises técnicas para determinar a causa das lesões e a materialidade do crime. Ele destacou que, embora as duas mulheres sejam consideradas suspeitas no momento, a conclusão final sobre sua responsabilidade só será possível após a conclusão de todas as apurações.
O capitão ainda fez um apelo à sociedade para que denuncie qualquer suspeita de maus-tratos ou agressões contra crianças, idosos ou pessoas vulneráveis. “Geralmente, uma agressão não começa de um dia para o outro. Ela vai se intensificando até chegar a um ponto crítico. Por isso, é fundamental que a população nos ajude, acionando a Polícia Militar pelo 190, para que possamos intervir antes que ocorram tragédias como essa”, afirmou.
O caso segue sob investigação, e as duas mulheres permanecem presas à disposição da Justiça. A polícia aguarda os resultados dos exames periciais para definir os próximos os do inquérito.
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